sábado, agosto 20

O CAOS NA SEMENTE

Rudolf Steiner esclarece que, ao mesmo tempo em que a construção molecular terrena é estimulada à máxima complexidade dentro da semente, desta jamais resultaria um novo organismo. A semente, quando elevada à máxima complexidade, degenera em poeira cósmica e, no momento em que um pequeno caos se faz presente, todo o Universo circundante principia a atuar, imprimindo-se nela e organizando, a partir do pequeno caos, o que de todos os lados pode ser construído nela mediante as atuações oriundas do Universo. E na semente se manifesta uma imagem universal capaz de construir um novo organismo 

(STEINER, Rudolf. Fundamentos da agricultura biodinâmica: vida nova para a terra. 3ed. São Paulo: Antroposófica, 2001. 235p.

Para os Índios Hopis (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hopis) (hopi na língua deles significa pacífico), povo que vive nas regiões áridas do Arizona e do Novo México, um personagem mitológico de nome Kokopelli está associado à fertilidade e à germinação. Os outros povos indígenas o conhecem como o tocador corcunda de flauta. Sua silhueta única foi pintada, durante os séculos, em numerosas pedras e cerâmicas das duas Américas. A corcunda de suas costas é um saco de sementes que ele semeia a todos os ventos. Quanto à sua flauta, ela é a fonte do espírito insuflado em cada semente. Face às forças de destruição que se desencadeiam nesse momento no planeta, o símbolo do Kokopelli representa a esperança de uma Terra novamente fértil e de Sementes portadoras de Vida. A cabeça de Kokopelli é coberta de antenas cósmicas que lhe permitem captar o canto das estrelas a fim de insuflá-lo às Sementes de Vida, Sementes de Estrelas, que fecundam a Terra-Mãe (ASSOCIAÇÃO KOKOPELLI. O canto do milho, 1986. Disponível em: http://www.kokopelli.asso.fr/ Acesso em: outubro de 2007).

O belo e antigo mito indígena do Kokopelli coincide com o proposto pela Antroposofia, conforme explicado por Campos (2004): cada semente guarda em si o arquétipo da planta adulta, que por sua vez a põem em contato com o plano em que os arquétipos do reino vegetal, provindos das estrelas distantes, projetam-se na atmosfera da Terra. Quando a semente germina, esses padrões latentes despertam e vão-se expressando à medida que a planta se desenvolve (CAMPOS, José Maria - Clemente. A regeneração do solo: aos que cuidam do solo e zelam pela sua evolução. São Paulo: Pensamento, 2004. 96p.)

http://ramofranciscodeassis.org.br/home/#
Imagem Kokopelli

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