Papel colorido, plástico ou náilon, varetas e cola. Não precisa muito mais do que isso para fazer uma pipa - brincadeira que encanta e diverte adultos e crianças, e é uma ótima ideia para aproveitar o fim de semana com a criançada.
A pipa surgiu há 3 mil anos resultado da vontade que o homem tinha em voar (veja a história abaixo).
Pode até parecer complicado, mas com uma certa habilidade e criatividade, qualquer pessoa consegue montar uma pipa. "Depois de escolher o material adequado, confeccione a pipa com bastante apuro e muita calma", explica Silvio Voce, autor da série Brincando com Pipas (editora Global). E não há regras nessa criação. Há aquelas que precisam de rabiolas (e também as que não precisam), há modelos tridimensionais, com cores diferentes - depende do gosto de cada um.
E se a pipa não subir? "A pipa foi feita para voar. Se ela não subir, é porque tem algo errado", afirma Voce. "E dependendo do problema, dá para corrigir sem precisar inutilizá-la", explica. Se ela está voando em círculos grandes, pode ser que a rabiola não esteja apropriada; já se ela sobe com muita dificuldade, deve estar muito pesada. Ou seja, para cada problema há uma solução.
Cuidados
Um dos principais cuidados na hora de empinar é com a rede elétrica. De acordo com dados da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), entre os anos de 2001 e 2006 foram registrados mais de 250 acidentes, entre lesões leves, graves e mortes. É preciso estar sempre atento ao local que se escolher para brincar. O melhor é sempre ficar longe de fios elétricos.
Além das pipas que se enroscam, as linhas com cerol também podem causar acidentes, pois este composto - feito de uma mistura de vidro e cola -, em contato com os cabos, pode gerar curto-circuito e descarga elétrica, além de possível rompimento. Outro problema é o cerol lesionar ciclistas e motociclistas. Portanto, a dica é evitar este tipo de material.
Dicas importantes para empinar pipas
- Solte pipa apenas em locais afastados da rede elétrica
- Nunca use fios metálicos nem papel laminado para confeccionar a pipa. Eles são condutores de energia e podem causar choques fatais
- Se a pipa ficar presa nos fios elétricos, não tente retirá-la
- Não use cerol. Além do risco de ferir ou mesmo matar, o cerol costuma cortar os fios de alta e baixa tensão
- Não jogue objetos na rede de energia elétrica, como arames, correntes e cabos de aço na tentativa de tirar uma pipa enroscada
- Em caso de relâmpagos, recolha a pipa imediatamente
- Não solte pipas em dias de chuva ou vento muito forte
- Prefira pipas que não precisam de rabiola
- Não suba em telhados, lajes, postes ou torres para recuperar pipas
- Nunca use fios metálicos nem papel laminado para confeccionar a pipa. Eles são condutores de energia e podem causar choques fatais
- Se a pipa ficar presa nos fios elétricos, não tente retirá-la
- Não use cerol. Além do risco de ferir ou mesmo matar, o cerol costuma cortar os fios de alta e baixa tensão
- Não jogue objetos na rede de energia elétrica, como arames, correntes e cabos de aço na tentativa de tirar uma pipa enroscada
- Em caso de relâmpagos, recolha a pipa imediatamente
- Não solte pipas em dias de chuva ou vento muito forte
- Prefira pipas que não precisam de rabiola
- Não suba em telhados, lajes, postes ou torres para recuperar pipas
Fonte: Sindicato dos Eletricitários de São Paulo (Stieesp)
Um pouco de história
A origem das pipas está cercada de muitos mistérios e lendas. Conta-se que elas surgiram na China, há 200 anos a.C., quando o homem primitivo se deu conta de que não poderia voar como os pássaros e tentou inventar uma maneira de saciar sua vontade de levantar vôo. Mas o conhecimento não ficou restrito aos chineses, e se espalhou por outros povos do Oriente e Ocidente: egípcios, fenícios, africanos, hindus e polinésios também conheciam os segredos de objetos que voavam segurados por um fio. No Brasil, as pipas chegaram com os colonizadores portugueses por volta de 1596.
Durante os séculos, as pipas foram utilizadas como brinquedos, instrumentos de defesa, armas, objetos artísticos e de ornamentação. Principalmente entre os orientais, as pipas foram e continuam sendo utilizadas para atrair felicidade, sorte, nascimento, fertilidade e vitória. Exemplos são aquelas pintadas com dragões (para atrair prosperidade), tartarugas (longa vida) e corujas (sabedoria). Há ainda símbolos para afastar maus espíritos, para ajudar na pesca e para servir como oferendas aos deuses. Até mesmo o grande navegador Marco Pólo (1234-1324) precisou de uma delas para se defender. Ao se encontrar encurralado na China, fez uma pipa carregada de fogos de artifício, que explodiram, provocaram um bombardeio e afastaram seus oponentes.
Além dos aspectos místicos e de sua utilização como arma de defesa, as pipas também tiveram uma importância fundamental nas pesquisas e descobertas científicas. Mas foi em 1752 que Benjamin Franklin realizou a mais expressiva experiência científica com uma pipa. Prendendo uma chave ao fio da pipa, ele a empinou durante uma tempestade. Com isso, a eletricidade das nuvens foi captada pela chave e pelo fio molhado, o que o levou a descobrir o pára-raio. Além disso, foi pelas pipas que o Santos Dumont conseguiu voar no 14 Bis, que poderia ser comparado a uma sofisticada pipa com motor.
Fonte: www.pipas.com.br
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