Quando o ser humano modela uma forma geométrica, por exemplo, ou uma forma viva de uma gestalt de uma planta, ou a forma animada de um animal, ou ainda a forma humana, ele faz isto a partir da mesma força que o ajudou a formar seu corpo e o manterá até a morte. Qualquer que seja o material utilizado, barro para modelar, lã e tecido para montar uma boneca, etc. ele coloca uma parte de si neste processo para fora, cria formativamente o objeto. Na primeira fase da atividade ele coloca a si mesmo e sua situação interior de maneira visível, para fora. Falando em relação a boneca, ele produz um ser que se parecerá com ele na forma, estrutura e consistência do corpo etc, mas que, por isso mesmo, não corresponderá a gestalt ideal da boneca.Este fato não deveria se levado a consciência da pessoa que faz a boneca. Mas se ele devagar for conduzido a realizar, uma forma, uma gestalt ideal ele vencerá em si mesmo a unilateralidade e devagar poderá ser levado nesse processo a uma cura. Assim visto e de maneira adequada, o trabalho de montagem das bonecas tem um alto valor terapêutico. Por isso mesmo essa é uma atividade adequada a ser realizada por pessoas doentes, sendo a confecção de bonecas aconselhável para ser utilizada no âmbito da pedagogia curativa e terapia social. E se o trabalho puder ser realizado de tal maneira que os produtos resultantes sirva para a humanidade, então teremos alcançado algo desejável.
Fonte:Minha Querida Boneca pag. 59
Karin Evelyn de Almeida.
Foto: Fábia Neves
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